sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Voa, Condor!


Hoje vamos falar da campeã das campeãs, a TOP 01 dos TOP 10 do Largo: a rotisseria Sírio e Libanesa, na Galeria Condor. Sim, porque em praticamente todos os votos ela aparece. Não é, portanto, somente uma lanchonete/restaurante, é um ponto incrustado no cotidiano coletivo e na geografia da memória. Pensando bem, devia estar no google maps versão ultimate collection. Ainda por cima, o atendente de lá, chamado Antônio, de voz anasalada, é igualzinho ao ator Peter Lorre*, o que só descobri/associei por instigação de Paola Barreto, dentro da oficina de circuitos de vídeo dada por ela no Festival de Cinema Universitário, o FBCU. Pois bem, com essa história de pesquisar o Largo do Machado, volta e meia estou dando uma pinta por ali e, papo vai, papo vem, descobri que a galeria funciona desde 67 e que a rotisseria, tal qual a conhecemos, está ali desde 77. Nesses primeiros dez anos, em seu lugar, funcionava uma casa chamada “Ladeira Gaúcha”, também de comida. Tal qual a conhecemos é modo de falar, pois, recentemente, houve uma reforma que retirou o balcão em “U” com bancos em volta e colocou a disposição atual, com mesas altas sem bancos e, para sentar, um pequeno salão lá atrás. O horário de funcionamento é de 8h às 23h e entre as 11h e as 14h o bicho pega, filas compridas e balcão cheio, mesmo eles sendo bem ágeis no atendimento. De todo cardápio, a estrela é a esfirra, que se apresenta em quatro versões: carne, verdura, frango e queijo, sendo a última sempre muito bem cotada, mesmo quando a preferência recai por outro sabor. A profusão é tão grande que nem o próprio povo da rotisseria faz ideia de quantas delas saem por dia. Ah, nem preciso dizer que a freguesia de lá é bem cativa e que de vez em quando vão alguns atores globais à paisana. Quem adorava e ia todo dia era o Garotinho.

Depois conto mais.



*o ator Peter Lorre (foto) fez, entre outros tantos trabalhos (muito Teatro incluído) M., o vampiro de Dusseldorf, filme totalmente rodado em estúdio, de Fritzlang, diretor também de Metrópolis, o filme que me levou a fazer cinema (olha a responsa...). Pra quem ainda não viu, fica a dica, são obras imperdíveis.

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